Resident Evil Requiem: O trailer que marca o regresso do verdadeiro horror

A Capcom decidiu não deixar espaço para dúvidas. Durante os The Game Awards 2025, o novo trailer de Resident Evil Requiem confirmou aquilo que muitos fãs esperavam há anos: o regresso ao horror puro, o retorno a Raccoon City e a volta de um dos maiores ícones da franquia, Leon S. Kennedy.

Depois de capítulos mais focados na ação ou no terror em primeira pessoa, Resident Evil 9 apresenta-se como uma síntese ambiciosa do passado e do futuro da série. E o trailer deixa claro que este não será apenas mais um jogo. Será um ponto de viragem.

O que o trailer revela desde o primeiro minuto

O trailer começa com uma atmosfera pesada e inquietante. Acompanhamos Grace Ashcroft, agora agente do FBI, a explorar o Rhodes Hill Chronic Care Center, um local associado a experiências ilegais de recolha de sangue. A música de vitrola ao fundo cria um contraste perturbador com o ambiente clínico e abandonado.

Grace é confrontada por uma figura misteriosa que se revela mais tarde como Victor Gideon, um antigo cientista da Umbrella que adquiriu o edifício após a queda da corporação em 2003. Desde o início, o trailer estabelece um tom de horror psicológico, mais próximo de Resident Evil 1, 2 e 7 do que dos capítulos mais explosivos da série.

A palavra Elpis surge várias vezes, associada a uma composição química e a um segredo ligado à Casa Branca e à quarentena prolongada de Raccoon City. Não fica claro se Elpis é um vírus, uma cura ou um protocolo de contenção, mas uma coisa é certa: o sangue de Grace é essencial para o plano.

A volta ao horror como prioridade

Uma das mensagens mais fortes do trailer é o regresso ao survival horror clássico. Os espaços são claustrofóbicos, a iluminação é mínima e o ritmo inicial é lento e opressivo. Grace surge claramente como uma personagem vulnerável, com poucas opções de combate e mais dependente da fuga e da sobrevivência.

Este contraste é intencional. A Capcom já confirmou que Resident Evil Requiem aposta em dois estilos distintos de jogabilidade, usando o medo como ferramenta narrativa. O terror não vem apenas dos monstros, mas da sensação constante de impotência.

Zumbis mais agressivos, capazes de usar armas simples e murmurar palavras, sugerem uma nova mutação do vírus, algo diferente do que vimos anteriormente. O horror não é apenas visual. É comportamental.

O regresso a Raccoon City

A meio do trailer, surge um momento que arrepia qualquer fã de longa data. Leon S. Kennedy conduz em direção a Raccoon City, passando pela icónica placa da cidade, agora ainda mais destruída.

Este regresso não é apenas simbólico. Raccoon City continua a ser o epicentro do trauma da saga Resident Evil. Voltar a este local é revisitar o ponto zero de tudo o que correu mal.

As imagens mostram ruas familiares, agora novamente infestadas, com corpos espalhados pelo chão e sinais claros de uma nova infeção a espalhar-se. A sensação é clara: Raccoon City nunca foi verdadeiramente purificada.

Leon S. Kennedy está de volta e em destaque

A grande revelação do trailer é, sem dúvida, a confirmação oficial de Leon S. Kennedy como protagonista. Agora mais velho, mais experiente e visivelmente marcado pelo passado, Leon surge como o oposto narrativo de Grace.

Enquanto Grace representa o medo e a descoberta, Leon representa a experiência e a ação. O trailer mostra-o a investigar cenas de crime, a analisar provas antigas da Umbrella e a enfrentar criaturas com uma eficiência brutal.

A jogabilidade de Leon promete ser mais dinâmica, com o regresso de movimentos clássicos como chutes, execuções à curta distância e o uso intensivo de armas de fogo. A grande novidade é a utilização de uma serra elétrica, retirada de um inimigo, que reforça a ideia de improviso e brutalidade.

Apesar da ação mais intensa, o trailer deixa claro que Leon não está invulnerável. Há indícios de que esta poderá ser a missão mais difícil da sua vida, levantando teorias sobre um possível destino trágico.

Duas campanhas, dois tipos de medo

Segundo a Capcom, Resident Evil Requiem será estruturado com campanhas intercaladas entre Grace Ashcroft e Leon S. Kennedy, com tempo de jogo semelhante para ambos.

Grace oferece um terror mais lento, psicológico e sufocante. Leon traz a intensidade, a ação calculada e o confronto direto. Esta alternância pretende criar um ritmo único, quase como dois jogos diferentes dentro do mesmo título.

É uma abordagem que lembra Resident Evil Revelations, mas com ambição narrativa muito maior.

O que o trailer sugere para a história

Tudo aponta para a continuação de projetos secretos da Umbrella, mesmo após a sua queda oficial. Victor Gideon parece ser o elo entre o passado e o presente, alguém que se recusou a deixar morrer os planos da corporação.

O envolvimento da Casa Branca, a referência a Elpis e o foco em Raccoon City sugerem uma conspiração de grande escala, com implicações globais. Resident Evil Requiem promete ligar vários pontos soltos da cronologia da série, possivelmente encerrando ciclos antigos.

Um regresso às origens com ambição renovada

O trailer de Resident Evil Requiem deixa uma mensagem clara. A Capcom ouviu os fãs.

O horror voltou a ser prioridade. Raccoon City voltou a ser palco central. Leon S. Kennedy regressou para enfrentar o passado e talvez o seu maior desafio.

Se o trailer cumprir o que promete, Resident Evil 9 pode tornar-se um dos capítulos mais importantes de toda a franquia.

O medo voltou a casa.
E desta vez, não parece disposto a ir embora.

Resident Evil Requiem chega a 27 de fevereiro de 2026 para PlayStation 5, Xbox Series X|S, PC e Nintendo Switch 2.